quinta-feira, 19 de julho de 2012

A PENEIRA DE DEUS



Estava pensando sobre o índice de crescimento dos evangélicos no Brasil conforme pesquisa do IBGE em 2010, e resolvi expressar minha opinião sobre o assunto.

Observo que existem cristãos comprometidos com a palavra, que vivem uma vida de santidade e temor a Deus, são fieis a sua denominação e seu pastor, mas por outro lado vejo muitos crentes nominais, aqueles que dizem ser cristão ou evangélico, mas suas atitudes testificam totalmente o contrário, envergonhando o Evangelho de Cristo e Sua Igreja.

Para uma definição bíblica para a palavra cristão leia 1Coríntios 11.1; 1Pedro 2.21 e 1João 2.6.

Mas acredito piamente que alguns destes que vivem um cristianismo deturpado, e por consequência disto não conseguem viver a plenitude das bênçãos de Cristo, estejam dispostos a viver um cristianismo genuinamente bíblico, autêntico.

Mas porque existem estas, posso assim dizer, duas classes de evangélicos? Procurei formular uma resposta tomando por base a figura dos pais que exercem uma grande influência na educação de seus filhos, exemplos bons ou ruins vão determinar o caráter destes.

Cheguei à conclusão de que a ausência do caráter de Cristo em alguns cristãos tem como culpados aqueles que têm a responsabilidade na formação do mesmo, ou seja, seus “pastores”.

O primeiro contato do pecador é com a palavra que gera fé (Romanos 10.17), levando- o a reconhecer seus pecados e a aceitar a aliança com Deus feita por Cristo na cruz, imediatamente ele sentirá que Cristo ocupou o centro de sua vida e ele passa então a congregar para adorar a Deus, edificar sua vida espiritual, fortalecer sua fé e ter a formação do seu caráter cristão.

O Espírito Santo é primordial neste processo, que contará com a indispensável participação do ministério pastoral e da igreja, para o sucesso do mesmo. Para isso o pastor precisa ser chamado por Deus para exercer este ministério, tendo a consciência de que o rebanho não é dele, mas de Cristo que o comprou com Seu próprio sangue.

É claro que isto não é uma regra, mas o que se pode esperar de alguns fieis quando o “pastor” 


É certo que muitas pessoas não precisam ser cristãos ou religiosos para serem honestos verdadeiros e de boa índole, mas também é certo que se elas se convertessem a Cristo, se escandalizariam ao saber que seus pastores não se adéquam as exigências bíblicas para o exercício deste ministério, que é entre outras a irrepreensibilidade e a boa reputação (1Timóteo 3.10; Atos 6.3), e que por consequência de tanto descrédito abandonariam a igreja.

A estes “pastores” Jesus faz menção chamando-os de obreiros fraudulentos e falsos apóstolos (2Corintios 11.13); mercenários (João 10.12) e mercadejadores da Palavra de Deus (2Corintios 2.17).

Para estes a motivação para “pastorear” é o poder, o status, a vida de luxo, o dinheiro, sem se preocupar com aqueles que foram o alvo do amor de Cristo lá na cruz, os pecadores, os cansados e oprimidos (Mateus 11. 28).

A estes indivíduos o futuro eterno já esta escrito em Mateus 7.22, 23 “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.”

É lamentável que muitos pastores comprometidos com Deus e Sua palavra são confundidos com estes, que se autoproclamam “pastores evangélicos,” homens e mulheres que parecem nunca ter tido um encontro com Deus, e se é que tiveram corromperam-se, tornando-se verdadeiros agentes do mal a serviço das trevas.

É triste saber que muitos destes alcançaram o poder dentro da hierarquia eclesiástica por meios escusos, e usam tal poder para ficar no encalço dos verdadeiros homens e mulheres de Deus, comprometidos com Cristo e Sua Seara, que se tornaram cartas marcadas, alvo de perseguição por não compatibilizarem com uma política eclesiástica suja, mundana e diabólica.

As vitimas de tudo isto tem sido algumas ovelhas do rebanho de Cristo que sofrem com a dispersão, o abandono, o frio do isolamento, a desnutrição espiritual e as feridas na alma.

Mas para que serve uma peneira?

Para separar o que é bom do que é ruim o que é útil do que não presta. A Peneira de Deus indica juízo e condenação para todos que vivem manchados pelo pecado, e o seu sacudir faz separação das ovelhas dos bodes (Mateus 25. 31-46), do trigo do joio (Mateus 13.24-30), para que seja revelada a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve. (Malaquias 3.18).

Glória a Deus, pois Sua Peneira começou a ser sacudida, quem poderá dizer que por ela vai ser aprovado? Você pode? Pense com o devido carinho e atenção que a pergunta merece.

Daniel Popping

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